Informação sobre apendicite, causas, sintomas e tratamento da apendicite aguda, identificando o seu diagnóstico e abordando as doenças inflamatórias intestinais, nomeadamente a retocolite ulccerativa e a doença de Crohn, com dicas para sua prevenção.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Sintomas e diagnóstico da retocolite ulcerativa

As manifestações clínicas mais comuns são diarréia, sangramento retal, eliminação de muco nas fezes e dor abdominal. Deve-se sempre excluir causas infecciosas. O diagnóstico é estabelecido pela avaliação da história clínica, exame das fezes, exame endoscópico e achados histopatológicos. Como o tratamento é realizado de acordo com a extensão da doença, a retossigmoidoscopia flexível é útil para definir as porções acometidas, devendo ser realizada de preferência sem preparo do intestino e evitando-se a insuflação excessiva de ar se inflamação acentuada estiver presente. A colonoscopia não é normalmente necessária na fase aguda e deve ser evitada, se possível, pois pode desencadear um quadro de megacólon tóxico. A gravidade da doença é melhor avaliada pela intensidade dos sintomas e pode ser classificada pelos critérios estabelecidos por Truelove e Witts3, úteis na definição terapêutica. As agudizações são classificadas em três categorias:
  • leve: menos de 3 evacuações por dia, com ou sem sangue, sem comprometimento sistêmico e com velocidade de sedimentação globular normal;
  • moderada: mais de 4 evacuações por dia com mínimo comprometimento sistêmico;
  • grave: mais de 6 evacuações por dia com sangue e com evidência de comprometimentos sistêmicos, tais como febre, taquicardia, anemia e velocidade de sedimentação globular acima de 30. Casos com suspeita de megacólon tóxico também devem ser considerados graves.